quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Salários de luxo na RTP-Madeira

O director do Centro Regional da RTP/RDP na Madeira recebe um vencimento mensal próximo ao salário do Presidente da República (7.630,33 euros).

A diferença de vencimento de Martim Santos para Cavaco Silva é de apenas 130 euros, segundo dados apurados pelo JORNAL da MADEIRA.

Os salários luxuosos da televisão na Madeira contribuem em parte para a despesa global do Centro Regional que se situa nos 11,7 milhões de euros por ano, tal como foi anunciado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, há cerca de duas semanas.

O processo de reestruturação da empresa que vai levar à redução para quatro horas de emissão regional (entre as 19h00 e as 23h00), revelado pelo ministro, não apresentava a realidade das despesas regionais.

Ainda assim, o salário de Martim Santos pode ser justificado pela função que exerce enquanto director. O que já é mais difícil de entender é o salário de Leonel de Freitas, de 6.865 euros quando não exerce qualquer cargo de direcção na RTP-M, sendo actualmente assessor do Conselho de Administração da empresa em Lisboa.

Difícil de entender são os salários exagerados de José Carvalho (5.072 euros), Luís Filipe Jardim (4.787 euros) e Roquelino Ornelas (4.740 euros), visto não ocuparem qualquer cargo de chefia.

Também a mais recente contratação para os quadros da empresa, a jornalista Bruna Melim, recebe por mês, cerca de três mil euros, ultrapassando em muito os vencimentos pagos à maioria dos 32 jornalistas da RTP/RDP-M.


Por outro lado, a juntar a tudo isto, estão outras benesses como cartões de crédito, carros, viagens, ajudas de custo e subsídios para roupa.

Os convidados pela empresa para os programas ganham 200 a 250 euros por cada .

A par dos vencimentos e dos custos de funcionamento da empresa, são questionados outros aspectos, como a programação regional que é já muito reduzida, visto haver muitas repetições de programas e o facto de não haver programas infantis.

Além disso, a maioria dos programas são dados a empresas de fora, com os inerentes custos adicionais. Ou seja, a produção própria é quase nula.

Por outro lado, é questionada a extensão dos noticiários e a sua qualidade, visto maioritariamente serem baseados nas agendas governamentais e dos partidos políticos.
Actualmente, a RTP/RDP na Madeira tem cerca de 150 funcionários, dos quais 32 são jornalistas.
(JM)

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